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Thursday, February 09, 2006

Linda,rica e poderosa.... A diva da a volta por cima




Garota pobre do Bronx, criada pela mãe, sobrevive na selva urbana, vira cantora, faz sucesso, envolve-se com o homem errado, tem problemas de alcoolismo, é considerada acabada, dá a volta por cima, encontra o verdadeiro amor e se torna a maior vendedora de discos dos Estados Unidos.
Aos 35 anos, Mary J. Blige está vivendo o capítulo mais feliz de sua carreira, iniciada em 1989, quando foi descoberta pelo produtor Andre Harrel em um conjunto habitacional em Nova York.
Lançado um pouco antes do Natal, seu sétimo disco, 'The breakthrough', já vendeu mais de um milhão de cópias. Algo que nem ela esperava, já que seu disco anterior, o irregular 'Love & life', não foi bem nas bilheterias.

¿ Ainda estou tentando entender o que aconteceu. Acho que foi uma benção. Não sei ainda o que foi, mas pode ter certeza que tive um Natal maravilhoso (risos) ¿ conta. ¿ Íamos lançar uma compilação, era o que todo o mundo estava esperando. Talvez tenha sido isso: a surpresa de aparecer um disco de músicas inéditas.

Talvez tenha sido o fato de ser um disco de excelentes músicas inéditas, com a marca registrada de Mary J. Blige: soul com bases modernas e letras que tocam a alma feminina, falando de seus problemas, angústias, dores e alegrias.
Belo exemplo desse mix de emoções é a sensualidade dramática de 'Good woman down'
('Quando via meu pai bater em minha mãe/Dizia que isso nunca iria acontecer comigo/Ninguém vai botar uma boa mulher para baixo'). A música soa como um parente distante de outro hino feminista, ¿Respect¿, de Aretha Franklin, gravada nos anos 60.
¿ Não sou a única mulher a ter problemas. Sempre serei realística. Se minha vida está boa, está boa. Se a minha vida está ruim, está ruim. Não vou esconder isso na minha música. Não exagero nada. Sou honesta. O que aprendi é que há muitas mulheres querendo dizer o que está em minhas letras, mas não o fazem porque são oprimidas pelos seus homens ou pelo mundo que as cerca. Por isso, elas cantam junto nos meus shows e falam comigo na rua.
Se é assim, não seria uma boa idéia pensar em um programa de televisão, no melhor estilo Oprah, para bater um papo e ouvir o que têm a dizer as 'sisters'?
¿ Já pensei nisso, mas não estou pronta para aconselhar ninguém ¿ garante Mary. ¿ Imagina. Só agora estou dando um jeito na minha própria vida. Mas, no futuro, quem sabe? Por enquanto, vou me comunicando com elas através de minhas letras.

O desafio de viver Nina Simone no cinema

No futuro bem próximo, Mary vai encarar um outro desafio: viver a diva do jazz Nina Simone nas telas. Isso sem ter nenhuma experiência como atriz. Pronta para a ação?
¿ Não diria que estou com medo, mas não posso negar que estou nervosa ¿ confessa ela. ¿ Além de uma cantora fabulosa, Nina Simone era uma pessoa forte, politizada, que lutava pelos seus direitos e não abaixava a cabeça para ninguém.
Para quebrar o gelo enquanto o filme não começa a ser rodado, Mary fez um dueto com Nina no novo disco. É a arrepiante ¿About you¿, que reproduz um trecho de ¿Feeling good¿, que Eunice Kathleen Waymon (o verdadeiro nome de Nina Simone) gravou em 1965 (ela morreu em 2003).
¿ A idéia foi do produtor dessa música, will.i.am (do grupo Black Eyed Peas) . Ele trouxe esse sample e sugeriu gravá-lo. De início, fiquei receosa, mas acabei aceitando o desafio. Foi como se fosse um teste para o filme. Mas procurei ser respeitosa.
Outro dueto do disco, só que real e imediato, é o que envolve Mary e Bono Vox, do U2, na pálida regravação de ¿One¿, do grupo irlandês. Parceria que deve se repetir ao vivo, hoje, na cerimônia de entrega do Grammy, em Los Angeles.
¿ Inicialmente, eu tinha pensado em regravar ¿With or without you¿ ¿ conta ela. ¿ Mas cantamos ¿One¿ juntos num show em benefício das vítimas do furacão Katrina e ficou tão bom que resolvemos gravar a música em estúdio e botá-la no disco.
Atuante não apenas no meio feminino, Mary faz campanhas contra a Aids, participa de projetos em prol de educação para crianças de baixa renda e lutou para que os americanos não fugissem das urnas nas eleições que firmaram George W. Bush no poder. Se ela ficou feliz com o resultado do pleito, isso já é uma outra história.
¿ Não fiquei nem um pouco feliz com a reeleição de George W. Bush. E obviamente não fui a única.

'Superei meus erros e cansei de ser mandada'

Além de will.i.am, Mary trabalhou com diversos produtores em 'The breakthrough', entre eles Dr Dre, Jay-Z e Jam & Lewis. A elite do hip hop e da soul music, gigantes da indústria, todos, é claro, obedecendo as ordens da patroa.
¿ Realmente, tive a sorte de contar com vários produtores no novo disco, mas todos eles trabalharam comigo ao lado. Nenhum deles decidiu nada por mim. Eu cansei de ser mandada.
De repente, entra um boi na linha. É um assessor da gravadora americana, gastando seu inglês para avisar que o tempo da entrevista com Mary acabou.
Ela o ignora.
¿ Quando canto que ninguém pode botar uma boa mulher para baixo, quero lembrar que isso aconteceu muitas vezes comigo. Mais vezes do que eu queria.
Diziam que estava acabada blábláblá, muitas vezes por minha própria culpa. Mas tentei superar tudo, inclusive os meus erros.
Não me importo mais com o que dizem de mim. Hoje sei que posso mover uma montanha.

A razão dos seus superpoderes?
¿ É que estou feliz, muito feliz.

Fte: O GLobo/C.Albuquerque
fte: www.rapevolusom.com

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