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" BLACK DELUXE "

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Wednesday, January 04, 2006

Entrevista com DJ Nu-Mark


Enquanto Cut Chemist segue carreira-solo, Nu-Mark cuida sozinho da retaguarda do time. Produtor, baterista e colecionador de discos, principalmente de funk e soul dos anos 70 - seu acervo reúne nada menos do que 35 mil títulos.

Bocada-Forte: Quando o Jurassic 5 surgiu, em 1993, vocês eram uma espécie de sensação do underground. Como era naquela época?

DJ Nu-Mark: Era excitante, tudo muito novo e assustador também. Nunca tínhamos viajado pelos Estados Unidos antes e tivemos a oportunidade de ir ao Reino Unido, à França... E foi muito divertido, porque a gente ia lá e tocava a música que nós curtíamos de verdade. E as pessoas pareciam estar aceitando, então tivemos muita sorte, como se tivéssemos sido abençoados.

B.F: Você compra discos sempre? Como começou essa obsessão?

Nu-Mark: Quando você é produtor, está sempre compilando e tentando encontrar um som novo. Eu toco bateria, então eu tento achar discos que tenham batida. É fascinante e ao mesmo tempo é duro porque eu sei que nunca poderei ter todos os discos do mundo. É difícil ser colecionador, porque sempre vai existir um álbum fantástico que não vou poder ter, porque existem discos demais por aí. Na hora de produzir, gosto de trabalhar pensando em criar um mosaico, sabe? Peça por peça, construindo um mosaico sonoro.

B.F: O que você procura em um sample?

Nu-Mark: Melodias. E boas texturas. Honestamente, procuro música que soe bem aos ouvidos. E que tenha uma boa bateria, pois como baterista procuro boas seqüências de ritmo. E uma boa qualidade de som no geral.

B.F: Qual o tamanho da sua coleção?

Nu-Mark: Perto de 35 mil.

B.F:Tantos discos devem ter um peso enorme na sua vida.

Nu-Mark: Bem... É a minha vida! É a única coisa que eu faço, infelizmente. Mas, falando sério, mexe com o meu humor todos os dias, sabe? Se eu me sento e faço um som bom, fico de bom humor, mas se faço um som ruim, fico de mau humor. A música tem o poder de levar minhas emoções a direções totalmente diferentes.

B.F: O que dá mais prazer: discotecar ou produzir?

Nu-Mark: Isso é bem difícil, porque eu sou de lua. Estou sempre mudando de humor. Neste momento estou numa fase de aprender, de ficar no estúdio mexendo nos programas, mas estou com vontade de tocar agora mesmo, porque passei muito tempo no estúdio. Então eu diria que a resposta é discotecar. Mas no mês que vem vai ser produzir.

B.F: Você já sampleou alguma música brasileira?

Nu-Mark: Sim, sim... Basicamente soul, coisas do início dos anos 70, quando os músicos brasileiros imitavam os artistas norte-americanos. Mas gosto das diferentes nuances da música brasileira de modo geral, porque bate gostoso no ouvido. É fácil de ouvir e há espaço para inserir outros instrumentos na hora de criar. E as melodias são incríveis.

B.F: Você costuma usar brinquedos nos shows, é verdade?

Nu-Mark: É, a gente usa essas coisas no palco. Eu toco bateria em uma mesa escolar, a gente faz uma performance diferente nos shows. Sempre gostamos de levar surpresas para o público. É o que a gente gosta de fazer. Essa é a cara do J5.

fonte: www.bocadaforte.com.br

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